Eu disse adeus ao namoro. Não! Não estou falando propriamente de celibato, nem é exclusivamente uma afirmação minha. Esse é o título de um livro muitíssimo interessante do Joshua Harris, que me fez reafirmar muitos princípios no coração e quero compartilhar com vocês.
Primeiramente, como falei, o livro não é sobre celibato – é para pessoas que pretendem se casar. Mas ué, como pode? Simples! O livro se opõe ao padrão de namoro que alimenta a carne e não ao espírito. O mesmo padrão que é observado no mundo e que, infelizmente, vem adentrado na igreja na vida de jovens cristãos que não estão, infelizmente, cientes desses perigos.
O primeiro ponto que quero colocar em relação ao livro é a espera. Por que os jovens não sabem esperar? E eu nem estou falando do físico. As pessoas desesperam-se e entregam seus corações muito facilmente, defraudam outros e simplesmente esquecem de sua principal missão: glorificar a Deus.
“Gostaria que todos os homens fossem como eu [solteiro, dedicado ao Senhor] ; mas cada um tem o seu próprio dom da parte de Deus; um de um modo, outro de outro. Digo, porém, aos solteiros e às viúvas: É bom que permaneçam como eu.”
(1 Coríntios, 7.7-8)
Enquanto solteiros, nós devemos utilizar de nosso tempo para servir e buscar crescer espiritualmente. Se você realmente pretende se casar vai precisar desse tipo de maturidade cristã lá na frente. Não ponha o carro na frente dos bois! Hoje em dia os jovens parecem mais preocupados em estar com alguém que servir a Deus, isso não pode acontecer!
Outro problema, que é muito agravante, mas costuma a vir junto do primeiro, é o da lascívia, todos os desejos carnais pecaminosos que nos distanciam de Deus na área sexual. Como é fácil ver por aí quem tenha caído nisso! Nós devíamos ser separados como santos do Senhor, não fazendo o que é mau, mas há uma nuvem que cobre a visão dos crentes. E dentre as coisas que se faz pra cair no pecado físico com outra pessoa, não quero nem citar o maior estágio – as tentações começam na mente. Muitos jovens não conseguem entender o limite certo para não pecar na área sexual, mas é simples! Fique longe do limite! Conheço muitos casais piedosos que, por exemplo, se privaram do beijo, porque sabiam que aquilo lhes levaria a buscar mais e, irmãos, nessa área a intimidade sexual foi feita pra ser satisfeita só no casamento. Não adianta acender fagulhas se você não pode aguentar o fogo.
“Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo.”
(1 Coríntios, 7.9)
Muitas coisas são relevantes neste assunto, mas acredito que a coisa que mais me despertou a atenção, talvez por ser menos falada por aí, foi a da construção da amizade sincera. Quantas amizades não perdermos pelo embaraço das paixões? Eu acredito que um relacionamento de amizade deve ser construído com lealdade, sinceridade e enxergando ao outro como irmão. E imagine um relacionamento que começa assim! Respeito e amor (não paixão) são coisas extremamente necessárias para um casamento, pois essas coisas são duradouras e não vêm de corações humanos, mas da sabedoria do próprio Deus.
No livro, quanto a namoro, percebi do autor que ele de fato não considerava namoro, mas sim uma amizade que se aprofundasse e terminasse em casamento. Eu não tenho propriamente essa visão, mas acho muito interessante que quem namore busque algo como a visão de côrte, onde se deixa de lado o contato físico para vivenciar um relacionamento de santidade, que permita que os dois tenham em mente mais a Deus que um ao outro. É minha visão e, um dia eu tendo um relacionamento, quero que seja firmado nesses propósitos, de tal forma que o maior beneficiado dele seja o Senhor. Oro para que você que lê também possa ter seu relacionamento moldado pelo Senhor, de tal forma que ele transborde santidade!